No Antigo Testamento, o dízimo, como vemos em Levítico 27:30,
Deuteronômio 14:22, Números 18:26 e diversos outros versículos, era de fato
exigido pela lei. Lei que obrigava todos os israelitas a dar 10% do fruto do
seu trabalho para o Tabernáculo/Templo. Por conta destes versículos,
alguns entendem que podem determinar um percentual, digamos, o “mínimo
aceitável” para a contribuição de uma igreja local, e como muitos fazem, ainda
dizem que se não der o dízimo, o “Gafanhoto Espiritual” virá destruir a fonte
de recursos do “não dizimista.”
Interessante que no Novo Pacto, Novo Testamento, Nova Aliança não
há nenhuma ordenança que as ofertas devem ter algum
preceito da Lei. O que Paulo afirma em I Coríntios 16: 1-2 é que os cristãos
devem separar parte de seu sustento para ofertar. Mas claramente essa oferta
deve ser razoável, de acordo com a renda de cada um, até para que não seja um
peso na vida de ninguém.
Também não encontramos no Novo Testamento nenhum percentual para a
oferta, ou alguma margem de percepção para se dizer qual valor específico
alguém deve ofertar. Ou seja, quando vemos algum pastor “famoso” propondo
desafios que mais parecem leilões (quem pode dar dez mil? E cinco mil?) já
sabemos que não há respaldo bíblico para tal conduta.
Que fique claro: para a igreja contemporânea, não é bíblico e nem
coerente adotar a prática de doar 10% a titulo de mandamento.
Alguém
pode dizer que dez por cento é a quantia razoável a oferecer. Sem problemas,
mas não é mandamento. Conheço pessoas que conseguem doar 30% de seus rendimentos,
como também conheço pessoas que conseguem doar 3%. Torno a dizer, isso tem que
ser razoável e de acordo com a renda de cada um.
“Cada um dê conforme determinou em
seu coração, não com
pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”
(2 Coríntios 9:7)
pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”
(2 Coríntios 9:7)
Assim devemos nos conduzir nas questões financeiras de uma igreja
local: ofertar por liberalidade e consciência de participação. Não por
obrigação, imposição, intimidação ou manipulação emocional.
Pode ser que alguém diga também que sem dízimos, ou seja, sem
colocar o medo do “gafanhoto” nas pessoas, não se sustenta as despesas básicas
de uma igreja. Eu discordo, pois quando o verdadeiro Evangelho de Cristo é
ensinado, a generosidade vem à tona.
A quem defende o dízimo do Antigo Testamento em nossos dias fica a
pergunta: é mais fácil usar um texto fora do seu contexto original ou ensinar a
compaixão e generosidade pela causa? Pense a respeito disso, mas saiba de
antemão, dízimo não é um mandamento para os nossos dias.
Postagem de Marco Aurélio Cicco do site Reformai
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