domingo, 9 de outubro de 2011

A Natureza de Cristo (Teologia - Cristologia)

Estarei postando aqui alguns assuntos do Curso de Teologia que faço. Sei que será um acréscimo para quem gosta de estudar.

A NATUREZA DE CRISTO

A pergunta "Quem é CRISTO?" tem sua melhor resposta na declaração e explicação dos nomes e títulos pelos quais Ele é conhecido.
1. FILHO DE DEUS (DEIDADE)
Jesus nunca é chamado um Filho de Deus, como os homens e os anjos são chamados folhos de Deus (Jó 2.1). Ele é o Filho de Deus no sentido único. Para explicar e confirmar essa verdade consideremos o seguinte:
Consciência de si mesmo. Qual era o conteúdo do conhecimento de Jesus acerca de si mesmo; isto é, que sabia Jesus de si mesmo? Lucas, o único escritor que relata um incidente da infância de Jesus, diz-nos que com a idade de doze anos (pelo menos) Jesus estava cônscio de duas coisas: primeira, uma revelação especial para com Deus a quem ele descreve como seu Pai; Segunda, uma missão especial na terra - "nos negócios de meu Pai". Ele sempre foi o Filho de Deus, porém chegou o tempo quando, depois de estudar as Escrituras relacionadas ao Messias de Deus, raiou em sua mente o conhecimento íntimo, de que Ele o filho de Maria, não era outro senão o Filho de Deus. No rio Jordão Jesus ouviu a voz do Pai corroborando e confirmando o seu conhecimento íntimo (Mt 3.17), e no deserto resistiu com êxito à tentativa de Satanás de fazê-lo duvidar de sua filiação ("Se tu és o Filho de Deus..." Mt 4.3). Mais tarde em seu ministério louvou a Pedro pelo testemunho divinamente inspirado concernente á sua deidade e ao caráter messiânico. (Mt 16.15-17). Quando diante do concílio judaico, Jesus poderia ter escapado à morte, negando sua filiação ímpar e simplesmente afirmando que ele era um dos filhos de Deus no mesmo sentido em que o são todos os homens; porém, sendo-lhe exigido juramento pelo sumo sacerdote, ele declarou sua consciência de Divindade, apesar de saber que isso significaria a sentença de morte. (Mt 26.63-65).

As reivindicações de Jesus. Ele colocou lado a lado com a atividade divina. "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." "Saí do Pai" (Jo 16.28). "Pai me enviou" (Jo 20.21). Ele reivindicava uma comunhão e um conhecimento divino. (Mt 11.27; Jo 17.25). Alegava revelar a essência do Pai em si mesmo. (Jo 14.9-11). Ele assumiu prerrogativas divinas: Onipresença (Mt 18.20); poder de perdoar pecados (Mc 2.5-10); poder de ressuscitar os mortos. (Jo 6.39,40,54; 11.25; 10.17,18) Proclamou-se Juiz e Árbitro do destino do homem. (Jo 5.22; Mt 25.31-46) Ele exigia um rendição e uma lealdade que somente Deus por direito podia reivindicar. (Mt 10.37; Lc 14.25-33). Em conseqüência é inevitável concluir que Ele era o que Ele próprio disse ser - o Filho de Deus, em sentido único.

Autoridade de Cristo. Nos ensinos de Cristo nota-se a completa ausência de expressões como estas: "É minha opinião"; "pode ser"; "penso que..."; "bem podemos supor", etc. Um erudito judeu racionalista admitiu que Ele falava com a autoridade de Deus Poderoso. Quarenta e nove vezes, Jesus profere a solene frase com a qual autentica a verdade de suas palavras: "Em verdade vos digo".

A impecabilidade de Cristo. Nenhum professor que chame aos homens ao arrependimento pode evitar algumas referências ás suas próprias faltas ou imperfeições; em verdade, quando mais santo ele é, mais lamentará e reconhecerá suas próprias limitações. Porém, nas palavras e nas obras de Jesus há uma ausência completa de conhecimento ou confissão de pecado. Embora possuísse profundo conhecimento do mal e do pecado, em sua alma não havia a mais leve sombra ou mácula de pecado. Ao contrário, Ele, o mais humilde dos homens, desafiou a todos: "Quem dentre vós me convence de pecado?" (Jo8.46).

O testemunho dos discípulos. Aqui está  um grupo de homens que andava com Jesus e que o viu todos os aspectos característicos de sua humanidade - que, no entanto, mais tarde o adorou como divino, o proclamou como o poder para a salvação e invocou o seu nome em oração. João, que se reclinava no peito de JESUS, não hesitou em dele falar como sendo Jesus o eterno Filho de Deus, que criou o universo (Jo 1.1,3), e relatou, sem nenhuma hesitação ou desculpa, o ato da adoração de Tomé e a sua exclamação: "Senhor meu, e Deus meu!" (Jo 20.28). Pedro, que tinha visto o seu Mestre comer, beber e dormir, que o havia visto chorar - enfim, que tinha testemunhado todos os aspectos da sua humanidade, mais tarde disse aos judeus que Jesus está à destra de Deus; que Ele possui a prerrogativa de conceder o Espírito Santo (At 2.33, 36); que Ele é o único caminho da salvação (At 4.12); quem perdoa os pecados (At 5.31); e é Juiz dos mortos. (At 10.42). Em sua Segunda epístola (3.18) ele a adora, atribuindo-lhe "glória assim agora como no dia da eternidade". Nenhuma prova existe de que Paulo o apóstolo tivesse visto Jesus em carne, (apesar de tê-lo visto em forma glorificada), mas esteve em contato direto com aqueles que o tinham visto. E este Paulo, que jamais perdera essa reverência para com Deus, com perfeita serenidade descreve Jesus como "o grande Deus e nosso Salvador" (Tt 2.13); apresenta-o como encornando a plenitude da Divindade (Cl 2.9), como sendo o Criador e Sustentador de todas as coisas. (Cl 1.17). Como tal, seu nome deve ser invocado em oração (1 Co 1.2; vide At 7.59), e seu nome está associado com o do Pai e o do Espírito Santo na benção. (2 Co 13.13).

Continua...

Fonte: Módulo do Curso Bacharelado em Teologia - Matéria Cristologia (Fatecba) 

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